sábado, 7 de abril de 2012

"Esse nem Deus afunda"





            Imagine que você esteja embarcando em um navio chique, na primeira classe. O navio está saindo de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova Iorque, nos Estados Unidos, ele tem 269 metros de comprimento por 28 metros de largura e carrega mais de duas mil pessoas, quem está no comando é o capitão Edward John Smith, é 10 de abril de 1912.
            Entre os dias 14 e 15 de abril o navio se choca com um iceberg, há pânico dentro do navio, são horas de terror e aflição, até que o navio começa a afundar.
            O Titanic foi um navio transatlântico e durante vários anos seus destroços foram procurados sem sucesso, mais de mil e quinhentas pessoas morreram no naufrágio. As primeiras buscas começaram em 1963 e não se sabia a localidade exata de onde o navio havia afundado. Graças às pesquisas do oceanógrafo Robert Ballard, no dia 1º de setembro de 1985 os primeiros destroços foram localizados, numa profundidade de 4 mil metros. Por quatro dias cientistas e pesquisadores tiraram cerca de vinte mil fotografias das chapas de aço do navio, de louças e outros objetos encontrados, confirmando o naufrágio da embarcação dividida em duas partes, proa e popa, as duas estavam mais ou menos a 600m de distância. Para continuar as pesquisas foram necessários submarinos especiais que conseguissem chegar às profundidades em que estavam os destroços. Para que não acontecessem roubos a equipe permaneceu em silêncio. Aos poucos outros pesquisadores foram se interessando pela missão. Com a descoberta, o local se tornou atração turística.
            Muitos acreditam que o navio afundou por causa da frase escrita em seu corpo que desfiava a Deus: “Esse nem Deus afunda”.

            Em abril o naufrágio no Titanic completou cem anos. Além de ter sido inspiração para a criação de filmes, Titanic ainda é classificado pelas pessoas como o filme mais bonito já criado.


Local onde o Titanic afundou


Foto dos destroços do Titanic

Imagem de uma banheira

Imagem do convés do navio

Os últimos minutos de vida

            As pessoas ficaram desesperadas, e para acalmá-las, o Capitão mandou a banda tocar uma música. Às 0h31, os botes começaram a ser preenchidos por mulheres e crianças primeiro, depois homens solteiros e casais. Às 0h45, o Capitão Smith manda disparar os foguetes de sinalização. Às 1h25 a inclinação do convés fica maior, ordens são dadas para que os botes desçam mais cheios, faltando pouco mais de dois botes para deixar o navio, os passageiros da terceira classe são liberados. Às 2h05, é arriado o último bote salva-vidas. Às 2h10, é enviado o último sinal pelos telegrafistas. O Capitão Smith ordena “Cada um por si” e depois disso não é visto por mais ninguém.
            As luzes do navio piscam e depois se apagam, as chaminés não aguentam a pressão e se quebram, esmagando dezenas de pessoas. A inclinação do navio chega a 35° e a água gélida avança arrastando tudo o que há pela frente. A popa do Titanic sobe e se desprende da proa e mergulha nas profundezas.
            Dos botes, os passageiros assistem as sombras do navio mergulhando para sempre no oceano, só se ouvem os gritos de pavor e pânico no meio da escuridão.
          O Titanic ficou conhecido como símbolo de uma das maiores tragédias marítimas da História. O Capitão Smith e o engenheiro-chefe Thomas Andrews permaneceram no navio.

Ilustração do Titanic afundando, por Willy Stöwer

Capitão Edward John Smith

Uma trágica história


            O Titanic foi construído para ser inafundável, foi um grande choque para muitos o fato de que, apesar da avançada tecnologia e experiente tripulação, o Titanic além de afundar levou consigo mais de mil e quinhentas pessoas.

A grande escadaria da primeira classe
            O Titanic superou todos os seus rivais em termos de luxo, o que envolvia móveis caros e a decoração. Para sua viagem inaugural, o Titanic carregava vinte botes de três tipos diferentes.
            Um monumento foi feito um monumento em Washington em homenagem às vítimas do Titanic. Somente nos finais de 1970 um empresário norte-americano patrocinou diversas expedições para tentar localizar os destroços do navio.

Monumento em homenagem às vitimas do Titanic


            Existe um livro, escrito por Morgan Robertson (1861-1915), que se chama Futilidade (Original: Futility, or the Wreck of the Titan). O livro foi escrito 14 anos antes do tragédia com o Titanic e narrava a história de um navio de nome Titan, considerado indestrutível, que em uma noite fria de Abril – como ocorreu com o Titanic - choca-se com um iceberg e afunda. O mais assombroso é que tanto o número de mortes referido na história, como a capacidade do navio fictício, e a maioria das características técnicas do Titan eram exatamente iguais às do Titanic. Para muitos, não passou de uma estranha e arrepiante coincidência e, para outros, terá sido uma premonição e, consequentemente um aviso deixado por Morgan sobre o desastre.
            O filme mais visto é Titanic, de 1997, dirigido por James Cameron e estrelando Leonardo Di Caprio e Kate Winslet.
               Espero que tenham gostado da postagem.

Cena mais conhecida do filme Titanic


Beca